Trancados em caixas de concreto,
Esperamos.
Em meio ao cinza de nossas ruas,
E ao barulho de nossos carros,
Esperamos.
Em meio à rotina chata de nossas vidas
Entre pausas de cigarros e
Bebedeiras injustificáveis,
Esperamos.
Em meio ao silêncio dos responsáveis
E aos gritos dos inocentes,
Esperamos.
Esperamos
Algo que de sentido à nossa existência
Algo de extraordinário
Em meio à nossas vidas ordinárias,
Esperamos.
E nos dias que se arrastam longos
Em meio à espera,
Mais uma vez
Morremos.
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