terça-feira, 14 de junho de 2011

Processo de formação de idiotas escolarizados.

Bom, faz um tempo que não escrevo nada. Ando meio sem tempo e sem vontade. Até escrevi alguma coisa, mas nada que valha a pena publicar. Coloco um desenho do Ryotiras. Que esse sim merece aplauso.
Um site de tiras sensacional, que nos faz pensar. Essa para mim é uma das melhores. Muito ilustrativa.
Segue o link da tira: Idiocracia.

Já se foi o dia em que uma escola, independente do  nível de instrução lecionado, tinha a função de formar pessoas. O curso superior principalmente. A tarefa era ensinar o estudante a pensar, desenvolver o senso crítico e instruí-lo acerca da vida e do conhecimento em geral. 
Hoje o modelo de ensino é outro. A ideia básica é: "Como formar um profissional, com o mínimo de investimento possível?" E a resposta é bem simples. São formados currículos, reles empregados, ferramentas. Esses tem  um conhecimento limitado estritamente ao seu objeto de estudo. 
O grande desarranjo, é que o indivíduo é levado a dedicar seu tempo em estudar um único modelo de pensamento, e não tem sequer disposição para investir em uma matéria que inevitavelmente será importante pra sua carreira e até para sua vivência, mas que não está relacionada no currículo. Outra dificuldade é que dificilmente a resolução de qualquer problema envolve apenas uma área. O estudante sequer entende a relevância de aprender acerca de outras ciências.
Então, dos portões da universidade sai o coitado. Munido apenas de um folha de papel com seu nome e uma  arrogância que apenas os desprovidos de qualquer sabedoria carregam. Desconhece tudo o que horizontaliza a visão e o modo de pensar de um homem. Mede as sombras da caverna, conhece os horários e a frequência com que aparecem. Pesquisou os formatos mais comuns, os sons característicos e tudo mais que pode mensurar através das sombras. Mas jamais desatou as correntes que o prendem. E insiste, soberbo, de chamar de loucos e assassinar, os livres espíritos que conseguiram ver através da luz. Pobre idiota.