segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rotina superficial auto-aplicada.

Internet.
Fui obrigado por falhas técnicas a ficar sem internet. Inacreditável. Fiquei pasmo ao perceber como tenho tempo disponível, e em como esse tempo estava sendo mal aproveitado, pra não dizer jogado fora.
Uma revista, por mais interessante que seja, com repetidas leituras se torna tediosa. Um filme ou programa de TV, a mesma coisa. Vale também pra outros meios de entretenimento como jogos ou música. Porém a internet tem tanta variedade de coisas e assuntos, todos de fácil acesso e já mastigados por alguém, que nos distrai de uma forma que tende ao infinito. Está tudo a "um clique de distância". Não é preciso pensar, analisar, avaliar. Só ver. É um passar incessante de quadros coloridos. Nisso que meu tempo estava sendo investido. Um entretenimento superficial e vazio se não for aproveitado com ponderação. Obviamente, tem seus pontos positivos: conheci gente interessante, aprendi coisas fantásticas, e me mantenho atualizado sobre o que de relevante que aconteceu no mundo. Porém, o tempo que despendi com essas tarefas que acrescentaram algo na minha vida foi pouco se comparado ao tempo que perdi com coisas completamente irrelevantes.
Nos dias que passei fora deste mundo paralelo, e me concentrei no mundo real, conversei mais com o pessoal da minha casa, meu estudo rendeu mais, e estou lendo mais. Até comecei a correr! Meu dia ganhou umas quatro horas. Na verdade eu deixei de perder esse tempo. Tenho consciência de como essa ferramenta é importante, e inclusive tive problemas por ficar sem certas informações que precisava com urgência. Porém, viver fora desta tela brilhante é mais proveitoso, e engrandecedor.
Pensando bem, qual o sentido, de no tempo que temos disponível, o precioso tempo que temos para fazer o que queremos em função do que somos obrigados a fazer, disperdiçá-lo procurando um entretenimento vazio? Preciso de entretenimento? Quando analiso essa situação, me sinto um imbecil cansado da própria vida, que precisa de que um bobo da corte apareça na minha frente para tornar minha vida estúpida e sem graça em algo mais interessante. Uma dose de rotina superficial auto-aplicada. Tenho certeza de que isso é o que realmente ocorre com muitas pessoas, porém, eu estou longe de descer a esse nível.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Críticas Aleatórias

Como se já não bastasse as religiões pra nos dar um "guia prático de como se viver a vida", agora ainda temos que aturar tudo quanto é sujeito metido a esperto nos dizendo o que é certo e o que é errado e acentuar os clichês que a meu ver ja são suficientemente bem difundidos. Todo mundo sabe o que é certo e errado, e todo mundo tem razão, e todos sabem a verdade!
É muito fácil criticar a cultura popular. É cliche, banal e idiota. Falar que "a televisão aberta é um lixo, novela não presta, casos da vida é baixaria inúti, axé, funk, e o "rebolation" são coisa de gente inculta e estúpida.E assim são criticados, não so os programas em si,mas quem gosta deles.
É apenas um modo de parecer elitista e intelectual. È simplista, preconceituoso, arrogante e não me impressiona.
A televisão aberta não tem o intúito de educar e ensinar nada a niguém. É feita simples e unicamente pra entreter. Eu sinceramente não consigo passar nem 5 minutos assistindo uma novela mas minha mãe adora. Muitas mães adoram. As pessoas gostam de estórias. Casos. Por issoo Programa do Ratinho e o Casos da vida, fazem sucesso. Não há nada demais nisso.
O mesmo com as músicas do "povão". Axé e funk não são estilos em que o ouvinte vai ficar concentrado na música e no brilhante conteúdo poético dela. Isso é exigência de pseudointelectual.
Esses estilos tem o único e claro objetivo de empolgar as pessoas e fazê-las dançar. E nisso cumprem perfeitamente seu papel.
Claro que concordo que as vezes as baixarias passam do limite. Mas tudo depende não do compositor, mas da aceitação do público.Eles é que controlam, censuram e determinam o que faz sucesso ou não. Enfim, são músicas para serem dançadas. Simplesmente.
Esse Justin Bieber. Nunca ouvi nada desse garoto, nem um único trecho de música nem nada. Mas eu não entendo como que todo mundo critica o menino. Eu não sei se as músicas são boas, se ele é talentoso ou não, mas não é isso que eu vejo todo mundo criticando. Falam mal do cabelo dele, falam que ele é gay, como se isso fosse um defeito, que ele é ridículo e etc. Não falam nada de construtivo, ou que pelo menos tenha sentido. Mas que tipo de ídolo as pessoas querem que as meninas de 13 anos tenham? Saindo esse vai aparecer outro igual e pronto! É claro que é ridículo para um sujeito velho e barbado gostar desse tipo de sucesso "teen". É obvio que é estúpido um marmajo ter um poster desse garoto no quarto, tão ridículo quanto ter um poster do Dragon Ball. Isso é coisa de criança.
Não estou colocando aqui a minha opinião pessoal sobre essas coisas, mas seria algo que eu poderia dizer se gosto ou não. Mas não que alguém deveria gostar ou não. Como se todos que tivessem uma opinião diferente estivessem errados. São escolhas subejtivas, e ao meu ver, não vivemos em uma ditadura.
Não sou contra que as pessoas expressem suas opiniões. Acho bacana, gosto disso. Tanto que eu mesmo o faço. Mas o que me incomoda é essa esculhambação. Ver o sujeito vomitando um monte de clichê, afirmando o óbvio volto a dizer, de uma forma simplista, como se fosse o dono da verdade. Não é questão de ser ou parecer humilde. Mas não aguento gente insolente com essas opiniões idiotas. Não vim mostrar a verdade, e nem corroborar o ponto de vista de ninguém. Mas apenas propagar um pouco de dúvida e tentar mostar que existe um outro lado , e uma outra forma de se ver as coisas.