Todos parecem se importar tanto e
achar que as coisas são tão relevantes. Agem como se a rotina fosse importante.
Como se suas profissões fossem fundamentais! Oh Deus. Você faz o que? Na verdade
isso é tão proeminente, que a resposta
em geral não começa com- Eu faço- e sim – Eu sou. Você é o que? Professor?
Médico? Advogado? Funcionário de uma empresa de sucesso? O dono de uma empresa
de sucesso? Um cientista com dezenas de publicações? Todos se portam como se
fossem os responsáveis pela distribuição de comida para as crianças famintas da
África. Não você não é importante. O que você diz ser, ou que faz, ninguém da à
mínima. São raros os que fogem a essa regra. E você, acredite, não é um deles.
Quando, de forma sincera e sem
perceber, deixo transparecer que o que as pessoas fazem não tem importância, se
irritam e ficam profundamente magoadas. Bom, não as critico de forma pessoal, não
questiono o que elas realmente são, e sim o que fazem. Mas isso já deixou de
ter diferença, e se você não sabe disso, realmente você é tão irrisório quanto o
que você faz. Mas eu entendo a mágoa.Passamos tanto tempo nos dedicando a algo
inútil, que temos por força que nos convencer que gastamos bem nosso tempo.
Sinto muito, não tem importância, e você realmente desperdiçou e continua
desperdiçando seu tempo. Sim, você vai morrer e ninguém vai sentir a sua falta.
O mundo não precisa de você, nunca precisou. E nem de mim. Mas me deixa até
feliz saber disso, sou preguiçoso demais pra querer ser notável. Ser
irrelevante é uma dádiva. Para provar meu ponto, experimente chamar alguém de medíocre,
ou ordinário. Palavras tidas como insulto, ultrajes. Mas apenas querem dizer razoável,
regular, comum.